África tem uma população de mais de mil milhões de habitantes com a taxa de crescimento populacional mais alta do mundo. A ONU estima que a sua população vá aumentar 1.3 mil milhões para quase 4.5 mil milhões de pessoas em 2100.
África tem uma panóplia de destinos de investimento muito distintos. Cada região e país tem a sua própria atractividade e desafios, criados pelas diferentes culturas, práticas negociais e circunstâncias políticas e económicas.
A África Austral não é a excepção a regra, e os seus 13 países diferem em dimensão económica e infraestruturas, potencial de recursos, capital humano, ambiente político e línguas oficiais. Na região habitam cerca de 209 milhões de pessoas, com um crescimento populacional de cerca de 2,4% ao ano desde 2010.
O Produto Interno Bruto (PIB) da região, de $1,3 biliões, contribui com cerca de 20% para o PIB de $6.8 biliões do continente, depois da África Ocidental, que é o maior contribuidor, com 26.3%.
As três maiores economias da África Austral – Angola, África do Sul e Zâmbia – contribuem com cerca de 81.9% para o PIB da região, enquanto Lesoto, São Tomé e Príncipe e a Suazilândia juntos perfazem 1.2%
A integração regional na África Austral remonta a 1910, com a criação da União Aduaneira da África Austral (SACU – Southern African Customs Union), formada pelo Botswana, Lesoto, África do Sul, Suazilândia e Namíbia. A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC - Southern African Development Community) foi estabelecida em 1980, sendo o estatuto de área de livre comércio (SADC-FTA – Free Trade Area) concedido em 2008, entrando em vigor em 2012. Presentemente, de todos os países da África Austral, apenas São Tomé e Príncipe não faz parte da SADC-FTA sendo, portanto, esta comunidade económica a mais importante da região.
O Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA - Common Market for Eastern and Southern Africa), o qual foi formado em 1994 e se tornou uma área de livre comércio, engloba alguns países da África Austral (com excepção do Lesoto, Moçambique, Namíbia, São Tomé e Príncipe e África do Sul).
A região está a dar os passos necessários para melhorar a sua integração, e esta tornar-se-á brevemente uma realidade, sendo actualmente quase por completo uma área de livre comércio. Existe também o foco na eliminação de barreiras aduaneiras de modo a fomentar a sua completa integração, desenvolvendo polos de crescimento regional de forma a partilhar os benefícios da integração ao longo da região, criando zonas económicas especiais e centros de inovação para estimular indústrias emergentes e promover a diversificação da economia.
A integração regional através da criação e harmonização completa das comunidades económicas regionais implica benefícios para a África Austral quer internos, quer externos, ao estimular o crescimento económico regional, facilitando e aumentando as exportações, aumentando a competitividade e expandindo as oportunidades para comércio e investimento, enquanto melhora também as condições sociais.
Apesar dos desafios, a África Austral é uma região que oferece oportunidades diversas e onde investidores conhecedores, local e regionalmente experientes, podem esperar retornos diferenciados.
As perspectivas de crescimento económico africano têm atraído investidores em busca de oportunidades com retornos elevados desde o início dos anos 2000. Com a expectativa de que a sua população atinja 1.5 mil milhões em 2025, há necessidade de evoluir na abordagem dos principais problemas socioeconómicos regionais, tal como redução da pobreza e melhoria da produtividade assim como necessidades vitais de negócio, como o investimento em energia e infraestruturas ferroviárias. De modo a serem bem-sucedidos, os investidores precisam de reconhecer e tomar em conta a diversidade da região, identificar perspectivas económicas sustentadas e permanecer atentos aos factores económicos e políticos locais de forma a determinar as melhores oportunidades de investimento.
A região é rica em oportunidades em sectores chave, devendo os investidores ter uma abordagem global, guiada por dados e pelo conhecimento local, que lhes permita identificar as tendências reais nas indústrias da região e descobrir as melhores oportunidades de investimento:
É esperado que que o mercado africano, em rápido crescimento, valha mais de $1 bilião anualmente em 2020 e, como tal, o sector agrícola perspectiva-se sólido.
A falta de infraestruturas eficientes constitui um desafio, não só na região, mas no próprio continente, o que limita os esforços de crescimento e os retornos do investimento. A estimativa mais recente do Banco de Desenvolvimento Africano (African Development Bank) relativamente às necessidades de infraestruturas situa-se entre $130 a $170 mil milhões anuais.
Ao longo dos anos, o sector tecnológico tem emergido como o sector de maior interesse para os investidores. Em África, este sector tem tardado em ser visto com interesse. Como tal, compete para garantir acesso a fundos e capital, atendendo à falta de entendimento e suporte de uma indústria com o potencial de ter um impacto significativo no desenvolvimento de outras indústrias e da economia como um todo.
As soluções de tecnologia financeira estão a emergir como ferramentas essenciais para ajudar a fechar o hiato entre o sector formal e informal, os quais constituem grandes segmentos das economias da região. Gradualmente os pequenos agricultores e os donos de pequenos negócios conseguem aceder às instituições financeiras e respectivos produtos/serviços de uma forma não-tradicional assim como disfrutar de maior acesso e alcance no mercado.
A região tem também gerido proactivamente a sua competitividade como destino de investimento estrangeiro. Desde 2012, a África Subsariana tem sido a região com o número mais elevado de reformas por ano. Em 2019, um recorde de 107 reformas foi implementado em 40 economias na região, com alguns benefícios gerais já vindo à superfície como resultado destas melhorias:
Mercados emergentes e de fronteira caracterizam-se como “começando por uma base inferior mas com capacidade de se desenvolverem de forma acelerada” (Aldo Musacchio e Eric Werker em “Mapping Frontier Economies”, Harvard Business Review, Dezembro 2016). A base inferior de onde partem estes países, os níveis elevados de crescimento demográfico, e a capacidade para introduzir “saltos quânticos” na inovação, tornam estes mercados um alvo de atenção sem precedentes por parte do mundo dos negócios.
África, e a África Austral em particular, têm vindo a reforçar as suas bases para o crescimento sustentável, com uma combinação de maturidade institucional em expansão, abertura ao investimento estrangeiro, e um foco na inovação. A região foi confirmada como uma das áreas líder do crescimento mundial para as próximas décadas por uma variedade de indicadores negociais. É uma oportunidade de investimento demasiado importante para ser ignorada por investidores que, pretendendo ser bem-sucedidos, necessitam de se posicionar de forma apropriada para aceder e beneficiar de investimentos bem-sucedidos e com alto potencial de retorno.
Transformar potencial em oportunidades de negócio sustentáveis em mercados emergentes e de fronteira requer um conjunto específico de competências que nós, na HCP, conseguimos reunir.
O sucesso na região não se baseia apenas na qualidade das oportunidades. De idêntica importância é a qualidade da equipa e a sua capacidade e preparação para lidar com alguns dos principais desafios da região:
A equipa da HCP possui um conjunto de competências diversas e complementares, baseadas em muitos anos de trabalho numa diversidade de mercados. Através do seu investimento bem-sucedido e desenvolvimento de diversas iniciativas empresariais, esta equipa demostrou ter um conhecimento profundo da região, assim como a destreza e pragmatismo necessários para abordar os desafios encarados pelos investidores na região.